Ainda existem aldeias típicas perto de Lisboa e muitas delas são (ainda) quase secretas e desconhecidas pela maioria das pessoas, o que só as torna ainda mais especiais. Encontram-se a uma curta distância da capital portuguesa e, por isso, é possível visitá-las em apenas um dia, fazendo delas uma ótima sugestão para um passeio em família com os mais pequenos.
E, por estranho que possa parecer, existe uma enorme variedade de tipos de aldeias nos arredores de Lisboa: podem ser saloias, alentejanas, piscatórias ou da lezíria. Cada uma delas tem o seu próprio encanto e todas são diferentes umas das outras. Talvez seja melhor preparar uma viagem a todas elas, certo?
Afinal de contas, visitá-las é fazer um autêntico regresso ao passado, tudo isto bem perto da capital e de outras grandes cidades. Conheça algumas das mais pitorescas aldeias nos arredores de Lisboa.
1. Aldeia Galega da Merceana
Esta típica aldeia da zona Oeste é um recanto esquecido, até dos próprios vizinhos. Para chegar até aqui é preciso viajar pelos campos bucólicos e ondulados da zona saloia. Uma região onde abundam os vinhedos e pomares, as ermidas e as capelas. E claro, as aldeias nos pequenos outeiros. É o caso da Aldeia Galega da Merceana.
A sua arquitetura é típica das aldeias saloias: casas brancas e ruelas pequenas, desordenadas e sinuosas. Mas a aldeia denota pormenores que indicam que terá tido um passado um pouco mais importante e glorioso.
2. Aldeia da Mata Pequena
Bem perto de Lisboa, no concelho de Mafra, fica uma daquelas aldeias que nos fazem recuar no tempo. A aldeia da Mata Pequena, com apenas 10 casas, tem casas caiadas e ruas calcetadas com um encanto difícil de encontrar noutros locais.
É uma aldeia tipicamente saloia, inserida na Zona de Protecção Especial do Penedo do Lexim. Foi totalmente recuperada e convertida em turismo rural. Os trabalhos de recuperação foram feitos de forma a preservar ao máximo a traça original da povoação. Passar uns dias na Mata Pequena é regressar ao passado e reviver cheiros, vivências e tradições de outrora.
3. Azenhas do Mar
Situada em Colares, Azenhas do Mar é uma obra prima da arquitetura popular. Ao longo de séculos, os habitantes foram construindo as suas casas neste penhasco à beira-mar. O resultado é uma peculiar pequena aldeia com ruas íngremes e estreitas, tão pequenas que por vezes bem ruas são, mas apenas escadas em direção ao mar.
Na parte sul da aldeia fica um miradouro de onde se pode apreciar todo o conjunto. Em baixo, já na praia, fica uma pequena piscina oceânica. E a aldeia é ainda famosa pelo seu restaurante, que serve alguns dos pratos de peixe e marisco mais apreciados na região. Esta é uma das mais carismáticas aldeias perto de Lisboa.
4. Penedo
Penedo, na freguesia de Colares, é um dos melhores exemplos de uma aldeia típica nos arredores de Lisboa. Encontra-se no alto de uma encosta e existe desde o século XIII. Para chegar aqui, terá de subir por ruas estreitas e sinuosas.
Embora a grande maioria das casas tenha sido construída em estilo moderno, existem ainda muitas que mantiveram a sua traça antiga. Todo o conjunto de ruas e casas pintadas de branco dão à localidade uma pitoresca imagem de aldeia típica.
5. Pia do Urso
É uma aldeia tipicamente serrana com habitações em pedra e madeira, com os trabalhos de recuperação e requalificação de que tem vindo a ser alvo a transformá-la num local florido, limpo e bem ordenado.
Nas suas ruas, apenas é permitido o trânsito automóvel aos habitantes. Aqui foi criado, há alguns anos, o primeiro Ecoparque Sensorial do país, com um percurso ao ar livre muito agradável, que foi concebido a pensar nas pessoas invisuais e na possibilidade da apreensão do meio através de sentidos como o olfato, tato e audição.
6. Escaroupim
Em pleno coração do Ribatejo, Escaroupim é uma típica aldeia piscatória. A sua origem remonta aos anos 30 do século passado, época em que os pescadores da Praia da Vieira, na Marinha Grande, se deslocavam frequentemente até este local para pescar no rio Tejo durante o Inverno.
Algumas destas pessoas acabaram por se fixar aqui definitivamente e construíram pequenas casas assentes em estacas de madeira de forma a escapar às cheias frequentes do Tejo. O resultado é uma pitoresca aldeia repleta de pequenos segredos para descobrir e onde a história dos pescadores que aqui viveram está presente em cada detalhe.