O Parque Nacional da Peneda Gerês tornou-se, nos últimos anos, num dos locais mais visitados de Portugal. São milhares as pessoas que procuram as suas cascatas, as suas aldeias ou as suas belezas naturais. Mas será que continuam a existir locais ainda desconhecidos no Gerês, longe do turismo de massas?
Sim, existem ainda muitos locais quase secretos no Parque Nacional Peneda Gerês. Mas atenção: a grande maioria desses locais está situada em zonas do parque mais sensíveis do ponto de vista ecológico e, portanto, não devem ser visitados. Por isso mesmo, aquilo que verá nesta lista são locais pouco conhecidos no Gerês que pode, efetivamente, visitar.
E se resolver fazer-se ao caminho e descobrir esta região, que é uma das mais bonitas de Portugal, não se esqueça de respeitar o ambiente e as pessoas que lá vivem. Descubra 8 locais para conhecer o lado mais secreto do Parque Nacional Peneda Gerês.
1. Poço do Teixo
É quase um mistério a razão pela qual esta pequena maravilha é quase desconhecida pelas pessoas que visitam o Gerês. É que o Poço do Teixo fica mesmo ao lado da Cascata do Arado, mas passa despercebido por todos aqueles que se maravilham tanto com esta cascata que aqui ficam e não exploram as redondezas.
Para chegar ao Poço do Teixo é muito simples: siga precisamente na direção contrária à Cascata do Arado, em direção ao Miradouro das Rocas. O Poço do Teixo fica um pouco antes do miradouro.
2. Ponte de Ladeira
Pouco se sabe sobre a ponte da Ladeira, mas o seu aspeto medieval é notório, embora tenha sofrido algumas obras de restauro e recebido umas proteções laterais de ferro que nada combinam com a sua estrutura em granito. Fica localizada bem perto do Soajo, no antigo caminho que conduzia até ao Lindoso. Pensa-se que a sua construção terá sido iniciativa dos monges do Mosteiro de Ermelo.
3. Cascata de Cela Cavalos
É como se o Ribeiro de Cela Cavalos quisesse dar o último ar da sua graça antes de chegar ao Rio Cávado. E que bem que ele o faz! 🙂 A Cascata de Cela cavalos é uma das mais bonitas do Gerês e fica localizada no concelho de Montalegre.
É também uma das mais conhecidas nesta zona do Parque. O acesso não é fácil, o que a torna ainda mais apetecível. No final do caminho, a beleza mistura-se com a imponência e cria um dos locais mais belos do Gerês.
4. Cidadelhe
Os espigueiros de Cidadelhe localizam-se no interior da aldeia e foram construídos nos séculos XVIII e XIX. Enquadram-se harmoniosamente na paisagem e são notáveis pela sua execução arquitetónica, sendo que um deles possui mesmo 2 andares, algo raro em todo o Parque Nacional da Peneda Gerês. A planta é retangular, de granito e paredes aprumadas.
5. Lagoa dos Druidas
É uma das lagoas mais secretas do Gerês. Fica bem perto da aldeia de Tibo, freguesia de Gavieiras. A melhor forma de chegar até ela é seguindo um dos trilhos mais bonitos do parque, o trilho da Mistura das Águas.
A Lagoa dos Druidas é um pequeno recanto no meio do paraíso onde se pode refrescar numa tarde quente de Verão. As águas são límpidas e cristalinas. E bem perto pode também visitar as fechas do Malho, outro paraíso quase secreto do Parque Nacional Peneda Gerês.
6. Eira do Tapado
Este magnífico conjunto de 21 espigueiros localiza-se no lugar de Parada, mas precisamente na Eira do Tapado, uma antiga eira comunitária. Foram construídos nos séculos XVIII e XIX e dispõem-se em redor da eira central. Uma eira era um terreno liso ou empedrado onde se secavam legumes e cereais e onde de degranava o milho.
Os espigueiros da Eira do Tapado são semelhantes aos do Lindoso: de granito e com planta retangular, encontrando-se bem conservados e localizados numa zona arejada e soalheira.
7. Ponte de Bordença
Atravessa a ribeira de Bordença, um afluente do rio Adrão, e teria sido crucial para a rota da transumância, quando os pastores levavam o seu gado para as brandas durante o Verão. Era também um caminho importante de acesso aos locais de culto da região, como a Nossa Senhora da Peneda, a Nossa Senhora da Paz e São Bento do Cando.
8. Ponte de Quintão
A ponte medieval de Quintão liga as freguesias de Brufe e Carvalheira e atravessa o rio Homem. Teria sido construído para permitir a passagem, não só de pessoas, mas também de carroças e cavalos. Apesar de muitos lhe chamarem ponte romana, terá sido construída na Idade Média.