Não há como negá-lo: um passeio romântico com a nossa cara metade é sempre uma forma excelente de cuidar de uma relação e de valorizarmos a pessoa que amamos. Em Lisboa e nos seus arredores existem muitos parques e jardins românticos onde o pode fazer, muitos deles sem qualquer custo de entrada e que proporcionam algumas horas de lazer.
O destino ideal é, obviamente, Sintra. Conhecida pelos seus parques e palácios, esta belíssima vila é o destino romântico mais procurado perto de Lisboa. Não faltam locais para desfrutar a dois nesta localidade. Mas existem mais opções, igualmente perto e alguns deles mais recatados e menos frequentados, criando assim o ambiente de romantismo necessário.
O passeio até estes locais vale sempre a pena, seja para fazer uma caminhada a dois ou como desculpa para uma pequena viagem. Conheça alguns dos parques e jardins mais românticos de Lisboa e arredores para uma escapadinha a dois.
1. Parque e Palácio da Pena
É o local mais emblemático de Sintra. Lá do alto, o Palácio da Pena deslumbra quem o contempla. Idealizado pelo Rei D. Fernando II, o Palácio esteve quase para não nascer. No início, a ideia era apenas reabilitar um mosteiro em ruínas que ali existia. Mas D. Fernando II caprichou e deu origem a um dos maiores símbolos de Portugal.
O parque que rodeia o Palácio foi idealizado de forma a que os visitantes pudessem aceder a diversos locais como a Cruz Alta, a Gruta do Monge ou o Vale dos Lagos. Posteriormente, foi também construído o belíssimo Chalet da Condessa D’Edla. O conjunto de árvores que constitui o Parque é um dos mais bem preservados de Portugal.
2. Parque botânico do Monteiro-Mor
Situado no Lumiar, este parque faz a ligação entre o Museu do Traje e o Museu do Teatro e da Dança. A sua origem data do século XVIII, tendo sido organizado pelo botânico italiano Domingos Vandelli, a mando do 3º Marquês de Angeja. A quinta foi vendida em 1840 ao 1º Duque de Palmela, sendo que nessa altura o jardim sofreu alguns melhoramentos, com a introdução de espécies raras e de novas esculturas.
A quinta permaneceu na propriedade dos duques de Palmela até 1975, ano em que foi vendida ao Estado português. Hoje, o jardim compreende uma área de 11 hectares com diversas árvores antigas, um jardim de buxo, um roseiral e diversos canteiros floridos.
3. Jardins do Palácio de Queluz
Construído em diversos estilos arquitectónicos (barroco, rococó e neoclássico) o Palácio Nacional de Queluz foi palco de importantes acontecimentos da História de Portugal. Os seus jardins convidam a um passeio que nos convida a imaginar como seriam as sumptuosas festas que aqui se organizavam.
Era também palco de serões musicais e literários, de bailes de máscaras e até de passeios de gôndola e caçadas. As pequenas cascatas e jogos de água proporcionam um cenário deslumbrante que vale a pena conhecer.
4. Vila Sassetti
Talvez seja um dos recantos mais desconhecidos de Sintra, apesar de ter sido restaurada e integrada num percurso pedestre que liga o Centro Histórico ao Castelo dos Mouros e ao Palácio da Pena.
Localiza-se na vertente norte da Serra de Sintra e é um edifício que reflete a estética mediterrânica. A sua torre circular faz lembrar as “villas” italianas, mais propriamente da Lombardia. Os tons em terracota fundem-se na perfeição com os jardins circundantes. Uma visita a não perder!
5. Quinta da Regaleira
O homem sonha e a obra nasce. Este poderia muito bem ser o título de algum livro sobre a Quinta da Regaleira. Mandada construir por António Augusto de Carvalho Monteiro, foi graças ao génio deste homem e de Luigi Manini, o arquiteto, que nasceu um dos mais famosos postais ilustrados de Sintra.
Tanto o edifício como o parque que o rodeia estão repletos de simbolismos ocultos, misticismo e esoterismo. O resultado é uma obra sublime, repleta de recantos especiais, poços e túneis secretos que apetece percorrer e descobrir. Uma visita a não perder em Sintra!
6. Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian
Circundam a fundação com o mesmo nome e dispõe de sala de espetáculos e áreas de exposições, um Centro de Arte Moderna, um Museu com biblioteca e um restaurante/bar. Os jardins foram construídos nos anos 50 em homenagem a Calouste Gulbenkian e são um amplo espaço de lazer e de cultura, com destaque para os jardins suspensos e a flora diversificada.
A conceção do parque, dos jardins interiores e dos terraços ajardinados foi confiada a Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, arquitetos paisagistas que trabalharam em estreita colaboração com os arquitetos do edifício da Fundação, Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Athouguia.
7. Quinta Real de Caxias
Construída no século XVIII, a Quinta Real de Caxias é hoje uma das maiores atrações de Oeiras. Os seus jardins, desenhados segundo o estilo francês, convidam a um passeio por entre os vários caminhos onde pontuam estátuas e pequenos lagos.
Mas o grande destaque é mesmo a cascata que, quando ativa, verte as suas águas sobre o lago, onde se destacam as estátuas da autoria de Machado de Castro. O espaço foi reabilitado recentemente e está mais interessante do que nunca.