Ainda existem locais secretos e quase intocados no Algarve? Apesar da massificação do turismo, a região sul de Portugal não tem apenas praias para visitar. No interior do Algarve existem locais escondidos que esperam por uma oportunidade para brilhar. São pequenas aldeias com casas brancas e ruas estreitas, trilhos na serra ou cascatas onde pode ir a banhos.
Tudo isto, por estranho que lhe possa parecer, pode ser encontrado no Algarve, especialmente no interior da região e nas serras algarvias, longe das praias e do turismo de massas. Existe um Algarve repleto de locais escondidos, secretos, desconhecidos ou pouco visitados que vale a pena descobrir e visitar.
O melhor de tudo? Pode visitar estes locais fora da época do Verão. Durante todo o ano, mesmo com chuva ou mau tempo, há muitos sítios que são capazes de nos surpreender e mostrar um Algarve que não conhecíamos. Descubra alguns dos locais mais mágicos e desconhecidos do Algarve.
1. Cascata do Pego do Inferno
É na freguesia de Santo Estêvão, a cerca de 7 km de Tavira, que se pode encontrar o belíssimo Pego do Inferno, uma das mais bonitas paisagens algarvias. O Pego do Inferno é uma das quedas de água da ribeira da Asseca, um dos mais importantes cursos de água da região de Tavira.
A cascata termina numa lagoa redonda, rodeada de uma refrescante área arborizada. Para aceder ao Pego do Inferno, após o estacionamento, terá de percorrer cerca de 100 metros até chegar a uma escadaria de madeira. Aí começa o percurso propriamente dito da descida até ao Pego, de cerca de 300 a 400 metros.
2. Praia do Carvalho
A praia do Carvalho torna-se um pequeno paraíso para quem a puder apreciar e tirar partido de aspetos como a caverna que permite aceder-lhe, o areal completamente rodeado por falésias e o rochedo que se avista mar adentro.
Até o próprio acesso à praia é especial, pois foi esculpido à mão entre as falésias rochosas que protegem o areal, sob a forma de caverna. No cimo existe uma área com variedades interessantes de vegetação costeira, igualmente agradável à vista.
3. Cascata de Alte
Também conhecida como a Queda do Vigário, esta queda de água da ribeira de Alte nasce na Quinta do Freixo e junta-se com a Ribeira de Algibre, perto de Paderne, formando assim a ribeira de Quarteira. A cascata despenha-se a pique de 24 metros de altura, terminando num grande lago que se assemelha a um alguidar.
Há quem diga que esta é uma queda de água artificial, que foi construída no século XVII por Duarte de Melo Ribadeneyra, por forma a conduzir as águas do ribeiro para o Tanque Grande e assim regar o pomar do Morgado. Recentemente, o espaço sofreu algumas remodelações, tornando-o mais propício ao lazer. Para chegar à cascata, após o estacionamento junto ao cemitério, terá de descer cerca de 300 metros.
4. Pedralva
Esta é, talvez, a aldeia mais especial desta lista. Localizada em Vila do Bispo, chegou a ter mais de 100 habitantes. Aos poucos, todos foram partindo e resistiram apenas 9, que viviam em casas degradadas ou com poucas condições. Mas Pedralva renasceu!
Após um longo processo, todas as casas da aldeia foram compradas e recuperadas para turismo rural. O município viu na ideia uma oportunidade única de promover o Algarve mais típico e instalou rede elétrica e saneamento. Hoje, Pedralva pode ser a sua aldeia: pode alugar uma das suas várias casas e passar aqui uns dias, em comunhão com a Natureza.
5. Praia da Albandeira
A praia da Albandeira é um pequeno recanto (pequeno mesmo, tal como o seu areal) repleto de encanto. As formações rochosas que circundam esta praia proporcionam um ambiente único, especialmente o famoso arco da Albandeira. O mar é azul, puro e cristalino. E nas redondezas existem muitas outras pequenas praias, quase secretas, assim como grutas que vale a pena explorar.
6. Praia da Fuseta
No concelho de Olhão, pode encontrar 5 praias, situadas no Parque Natural da Ria Formosa. Em frente à vila de Fuseta, na zona oeste da Ilha de Armona, pode encontrar a praia da Fuseta, com o seu areal extenso e deserto, propício à formação de piscinas naturais na maré baixa. Durante a época balnear, há serviço de apoio à praia e de vigilância. O acesso à praia é feito por barco, a partir do Cais da Fuseta, com estacionamento amplo junto ao cais.
7. Palácio de Estói
O Palácio de Estói é único na região de Faro, sendo um pastiche rococó muito original. O palácio foi ideia de um nobre local, que morreu pouco depois do início da construção, em meados dos anos de 1840. José Francisco da Silva, outra personalidade local, adquiriu o palácio e acabou por o completar em 1909. Graças ao dinheiro e esforços que despendeu na sua construção, acabou por ser feito Visconde de Estói.
O trabalho foi dirigido pelo arquiteto Domingos da Silva Meira, que tinha um evidente interesse pela escultura. Hoje, o interior do palácio, maioritariamente em pastel e estuque, está a ser restaurado, com planos de se tornar uma pousada.