O Minho é o berço de Portugal e ainda tem ainda muitos locais quase desconhecidos para a maioria dos turistas, talvez porque são sítios que não aparecem nos roteiros turísticos mais visitados. Apesar de menos conhecidos, visitá-los constitui uma oportunidade única para descobrir o mais genuíno que esta região possui.
Assim, existem sítios apenas conhecidos por moradores locais e por visitantes que gostam de partir em busca do desconhecido, e que acabam por descobrir estas autênticas pérolas, entre cascatas, aldeias de montanha ou paisagens avistadas a partir de miradouros.
Portanto, se quer visitar a região do Minho e se quer manter afastado de multidões, deixamos-lhe aqui algumas sugestões dos segredos que ainda há por desvendar nestas bandas. Escolha o seu preferido, prepare o roteiro e faça a viagem da sua vida. Afinal de contas, descobrir um local secreto é como encontrar um sítio só nosso.
1. Lagoas de Bertiandos
Estas lagoas são Paisagem Protegida, uma vez que congregam em si diversos habitats, que vão desde zonas húmidas, não húmidas, pastagens, bosques a zonas agrícolas. As lagoas de Bertiandos são servidas por canais naturais e atravessadas pelo rio Estorãos.
A junção dos terrenos alagadiços com espécies florestais como carvalhos, salgueiros e amieiros tornam a zona perfeita para alimentação e refúgio de várias espécies de flora e fauna, estando registadas cerca de 80 espécies raras na área. É também a única zona húmida classificada no Norte de Portugal.
2. Moinhos de Rei
Chamam-lhe Moinhos de Rei porque foram mandados construir por D. Dinis, um dos reis portugueses que mais estimulou a agricultura e as atividades a ela associadas. Localizam-se na Serra da Cabreira, em Cabeceiras de Basto, e hoje fazem parte de um agradável parque onde é possível passar um bom tempo em família.
O município construiu aqui 2 centros interpretativos que enriquecem a área: um dedicado ao ciclo do pão e outro que se debruça sobre a variedade de vida animal que existe no concelho. Uma visita a não perder, especialmente se tem crianças.
3. Aldeia de Pontes
Pontes era uma aldeia inverneira de Castro Laboreiro, o que significava que era aqui que alguns moradores passavam o inverno, já que encontravam melhores condições para alimentar o gado durante essa época.
Mas a aldeia de Pontes está desabitada há mais de 15 anos. No entanto, encontra-se a ser totalmente recuperada para o turismo rural e, apesar do projeto ser recente, começa a atrair cada vez mais pessoas, que procuram paz, sossego e comunhão com a natureza.
4. Estorãos
Localizada em Ponte de Lima, a pequena aldeia minhota de Estorãos é um segredo que merece ser descoberto. Por aqui passa uma ribeira com o mesmo nome, vinda do alto da serra de Arga. As suas águas límpidas e cristalinas serpenteiam por florestas e terrenos agrícolas até chegarem aqui.
É nesta ribeira que fica uma das paisagens mais icónicas desta aldeia: uma pequena ponte de pedra, românica, mesmo ao lado de um velho moinho com uma roda de madeira ainda intacta. Também neste local pode desfrutar de um banho nos dias mais quentes do Verão.
5. Branda da Aveleira
A Branda da Aveleira, localizada às portas do Parque Nacional da Peneda Gerês, é um daqueles casos que mostra que a resiliência das pessoas não tem limites. Utilizada durante séculos como residência temporária, este pequeno aglomerado de casas esteve quase a desaparecer no século passado. Mas renasceu das cinzas e agora espera pela sua visita.
Hoje, a Branda da Aveleira possui um conjunto de casas destinadas ao turismo rural. Foram cuidadosamente recuperadas, mantendo a traça original. Tudo foi reconstruído de modo a manter viva a essência da aldeia e proporcionando o conforto que se exige nos dias de hoje.
6. Poças do Malho
As Poças do Malho são 4 poços bem fundos com 4 belas quedas de água no Rio Castro Laboreiro, mais ou menos entre a Mistura das Águas (ponto em que o Rio Peneda se encontra com o Laboreiro) e Ribeiro de Baixo. Servem de fronteira entre Portugal e Espanha.
A melhor forma de chegar até este local é pelo lado espanhol, numa rota que tem início quando quando a estrada que liga Olelas à Mistura das Águas termina. Decorre sempre do lado direito do Rio Laboreiro, no lado espanhol do Parque Nacional Peneda Gerês.
7. Corno do Bico
Muito mais que uma área classificada, este é um lugar mágico no Minho, que nos remete para um cenário de floresta encantada. A Paisagem Protegida do Corno do Bico foi criada em 1999.
Tem cerca de 2.200 hectares, que se encontram distribuídos por cinco freguesias: Bico, Castanheira, Cristelo, Parada e Vascões, no município de Paredes de Coura, parte do Maciço Ibérico.