Portugal é um país com uma rica diversidade geográfica e cultural. As suas paisagens variam desde as planícies do Alentejo até as montanhas do norte. Nas regiões montanhosas do país, encontramos algumas das aldeias mais altas de Portugal. Estas aldeias são conhecidas por sua beleza natural e pelo modo de vida tradicional de seus habitantes.
Nos últimos anos, generalizou-se a ideia que a aldeia mais alta de Portugal é Sabugueiro, em Seia. Tal não corresponde à verdade. Aliás, a tarefa de encontrar as localizadas a maiores altitudes do país não é fácil e depende do critério que se utiliza. No caso desta lista, foi utilizado como critério a altura a que se encontra o edifício mais alto em cada uma das aldeias mencionadas.
E uma nota de esclarecimento: eliminámos desta lista a localidade de Penhas da Saúde, que se encontra a 1500 metros de altitude. A razão é simples: Penhas da Saúde não é uma aldeia mas sim um aldeamento turístico. Conheça as 5 aldeias mais altas de Portugal.
1. Sendim, Montalegre (1155 metros)
Esta aldeia tem a particularidade de ser a aldeia mais alta de Portugal, com a sua localização a 1155 metros de altura. É também a aldeia mais próxima da Galiza e a segunda localizada mais a norte do concelho.
Aqui pode apreciar a paisagem montanhosa e rural, onde se destacam os campos de cultivo e os rebanhos de ovelhas. Pode também visitar a Capela de Sendim, um templo católico que data do século XVIII.
2. Pitões das Júnias, Montalegre (1140 metros)
Localizada a 1140 metros de altitude, Pitões das Júnias é a segunda aldeia mais alta de Portugal. Está totalmente inserida no Parque Nacional da Peneda Gerês e pertence ao concelho de Montalegre. É a porta de entrada no Gerês transmontano e um dos grandes cartões de visita desta belíssima região.
Entrar em Pitões das Júnias e deambular pelas suas ruas, becos e ruelas é uma experiência única. Aqui encontra um Gerês diferente daquilo a que está habituado: um Gerês transmontano, com as suas peculiares e antigas tradições e o seu modo de vida profundamente ligado à terra.
Fruto do seu longo isolamento, Pitões das Júnias mantém ainda hoje o traçado típico de uma aldeia medieval, bem como um modo de vida que se funde em perfeita harmonia com a natureza envolvente. Tudo aqui gira em volta da terra e daquilo que ela tem para dar (ou para tirar). A beleza agreste das montanhas moldou os habitantes de Pitões das Júnias e estes souberam adaptar-se ao meio que os circunda.
3. Gralheira, Cinfães (1130 metros)
Gralheira é uma aldeia localizada no concelho de Cinfães, em Portugal. Situada em plena Serra do Montemuro, a cerca de 1130 metros de altitude, a aldeia da Gralheira é também conhecida como a “Princesa da Serra”.
Com uma paisagem deslumbrante e rodeada de lameiros férteis e verdejantes propícios à criação de gado, esta é uma das atividades principais na aldeia e uma das principais fontes de riqueza das suas gentes.
A aldeia é conhecida pelos seus invernos rigorosos e pelas quedas de neve que acontecem com alguma regularidade e oferecem panoramas magníficos a partir deste local. No centro da povoação ainda é possível vislumbrar algumas casas típicas construídas com granito e algumas delas ainda cobertas de colmo.
4. Panchorra, Resende (1120 metros)
Panchorra está localizada no extremo sudoeste do concelho de Resende, em pleno planalto da Serra de Montemuro, em altitudes que rondam os 1120 metros. É uma das freguesias mais altas do país e tem cerca de 200 habitantes.
Aqui pode admirar a paisagem natural e rural, onde se destacam os lameiros e as pastagens. Pode também visitar a Ponte da Panchorra, uma ponte medieval que atravessa o rio Cabrum e que foi durante muito tempo considerada romana.
5. Sabugueiro, Seia (1120 metros)
É definida, erroneamente, como a aldeia mais alta de Portugal. Não é, apesar de estar entre as 5 mais altas. Encontra-se a 1120 metros de altitude, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela.
A aldeia do Sabugueiro teve origem nos abrigos provisórios dos pastores, uma vez que era ali que encontravam belas pastagens para os seus rebanhos, num local de rara beleza. Com o tempo foram surgindo as casas permanentes, casas rurais, simples e graníticas, muito típicas da região.
A aldeia deixou de ser apenas um local de habitação temporário e começou a ganhar raízes. E sendo a Serra da Estrela uma região especialmente agreste e com poucas condições, os seus habitantes tiveram que trabalhar arduamente para se adaptarem.