O dilema é sempre o mesmo sempre que chega o fim de semana: o que visitar perto de Lisboa para fugir à rotina do quotidiano? As opções são muitas e, entre algumas das melhores, estão belíssimas aldeias pitorescas que encantam sempre quem as visita. Podem ser tipicamente alentejanas, saloias, à beira mar ou à beira rio. Cada uma delas tem o seu próprio encanto e todas são deslumbrantes.
Nos arredores da capital, a uma curta distância de carro, ainda se pode encontrar locais quase parados no tempo e que preservam ainda a maior parte da sua traça original e das suas tradições. São aldeias que nos recordam que, apesar de se localizarem perto de Lisboa, é possível fugir ao rebuliço das grandes cidades e viver com qualidade de vida em contato com a natureza envolvente.
Basta 1 ou 2 dias para percorrer cada uma delas e, portanto, são uma ótima sugestão para uma escapadinha de fim de semana. Descubra algumas das aldeias mais pitorescas para visitar perto de Lisboa.
1. Escaroupim
Em pleno coração do Ribatejo, Escaroupim é uma típica aldeia piscatória. A sua origem remonta aos anos 30 do século passado, época em que os pescadores da Praia da Vieira, na Marinha Grande, se deslocavam frequentemente até este local para pescar no rio Tejo durante o Inverno.
Algumas destas pessoas acabaram por se fixar aqui definitivamente e construíram pequenas casas assentes em estacas de madeira de forma a escapar às cheias frequentes do Tejo. O resultado é uma pitoresca aldeia repleta de pequenos segredos para descobrir e onde a história dos pescadores que aqui viveram está presente em cada detalhe.
2. Brotas
Encontra-se no concelho de Mora e, apesar de ficar já na fronteira com o Ribatejo, tem uma essência do mais puro e genuíno que o Alentejo tem. Fica a pouco mais de uma hora de viagem de Lisboa e, assim, é uma excelente opção para um passeio de fim-de-semana. Trata-se de uma das aldeias mais típicas e genuínas desta região e, no entanto, uma das mais desconhecidas.
Irá ficar encantado com as suas casas caiadas de branco, com as típicas faixas azuis e um risco colorido sobre ombreiras e portadas. As ruas são sinuosas e íngremes, existem flores a decorar janelas e varandas e as pessoas reúnem-se para dois dedos de conversa no largo da aldeia. Brotas é uma aldeia singular, até porque cresceu devido ao seu imponente santuário, maior motivo de interesse da aldeia.
3. Santa Susana
As casas caiadas de branco e as faixas azuis não enganam ninguém: estamos no Alentejo. Mas estamos num local muito especial desta região, a aldeia onde, segundo a tradição oral, se terão começado a pintar as faixas das casas com a cor azul.
É certo que também se podem usar outras cores, como amarelo, laranja, vermelho ou verde, mas o azul é o mais dominante em qualquer aldeia do Alentejo, tendo recebido o nome do local onde a tradição começou: azul de Santa Susana.
Mas, para além das casas, existem muitas razões para visitar Santa Susana. Desde logo, comece por passear pelas suas ruas, que são apenas 10, e apreciar cada pormenor. Irá encontrar com facilidade o cruzeiro, a Igreja Matriz e o largo central da aldeia, onde os moradores se reúnem a conversar para passar o tempo.
4. Aldeia Galega da Merceana
Esta típica aldeia da zona Oeste é um recanto esquecido, até dos próprios vizinhos. Para chegar até aqui é preciso viajar pelos campos bucólicos e ondulados da zona saloia. Uma região onde abundam os vinhedos e pomares, as ermidas e as capelas. E claro, as aldeias nos pequenos outeiros. É o caso da Aldeia Galega da Merceana.
A sua arquitetura é típica das aldeias saloias: casas brancas e ruelas pequenas, desordenadas e sinuosas. Mas a aldeia denota pormenores que indicam que terá tido um passado um pouco mais importante e glorioso.
5. Aldeia da Mata Pequena
Por entre os montes e vales da região saloia, podemos encontrar a Aldeia da Mata Pequena, um pequeno povoado rural que tem uma dúzia de habitações, e onde ainda se vive em comunhão com a natureza, numa vivência serena e pacata. As casas, rigorosamente recuperadas, são simples, rústicas e pequenas, mas muito acolhedoras.
Estas casas não eram mais que ruínas, que foram cuidadosamente recuperadas graças à intensa pesquisa e ao trabalho de Ana e Diogo Batalha, que se dedicaram de alma e coração a este projeto, lugar de ternuras e de preservação de um passado que nos é comum, entre peças de mobiliário e utensílios que fizeram parte da nossa infância.