As aldeias do Parque Nacional Peneda Gerês são verdadeiras maravilhas por desvendar. O encanto que transmitem é sempre o mesmo: um amor e respeito pela terra que são difíceis de igualar. Aqui reside ainda a verdadeira alma portuguesa. É nestas aldeias que ainda são mantidas as nossas tradições mais verdadeiras e genuínas.
Visitar as aldeias do Gerês é uma autêntica viagem ao passado, um regresso às origens. Grande parte delas tem sido alvo de recuperações cuidadosas das suas habitações. Onde outrora havia casas de pedra abandonadas, hoje existe um turismo rural à sua espera, para que possa descobrir por si próprio o melhor desta região.
As aldeias mais pitorescas do Parque Nacional Peneda Gerês estão à espera da sua visita. Aproveite para calcorrear os seus becos e ruelas, beber água das suas fontes e provar a sua gastronomia local. Temos a certeza que, depois de as visitar, irá sentir que descobriu um Portugal que pensava não existir.
1. Pitões das Júnias
Localizada na parte transmontana do Parque Nacional da Peneda Gerês, Pitões das Júnias é uma das aldeias típicas e tradicionais desta região. É também uma das mais famosas e visitadas. E não é por acaso!
É famosa pelo seu fumeiro e pela sua gastronomia e por isso vale bem a pena almoçar em qualquer um dos restaurantes que aqui existem. Depois do almoço, caminhe pelas ruas estreitas da aldeia e descubra os seus recantos e pequenos detalhes.
2. Germil
Esta pequena aldeia encontra-se em plena Serra Amarela é uma das mais rústicas e secretas do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Faça uma caminhada pelas suas ruas calcetadas a granito e aprecie as suas casas típicas, que são humildes, mas bem estimadas, existindo flores por todos os lados. Procure também conversar com os moradores, que estão sempre prontos a recebê-lo.
Tal como acontece noutras aldeias da zona, Germil tem um conjunto de espigueiros (estruturas seculares que abrigam o milho dos roedores), embora estes não sejam tão imponentes como os do Soajo e Lindoso. Encontra também um Fojo do Lobo, destinado a caçar estes animais, e as antigas silhas dos ursos, que são vestígios da presença destes últimos no parque.
3. Padrão
Fotografias da aldeia de Padrão aparecem muitas vezes em guias como centro da aldeia de Sistelo, uma das mais famosas do Gerês, com o erro a perpetuar-se com alguma frequência.
Mas Padrão, apesar de fazer parte da freguesia de Sistelo, não é tão conhecida e visitada, já que muitos turistas se ficam por Sistelo e não seguem em frente. Mas, se o fizer, encontrará a belíssima aldeia de Padrão e os seus socalcos, que são tão ou mais deslumbrantes que os do Sistelo.
4. Branda da Aveleira
Encontra-se às portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês e é um local que nos mostra que a resiliência humana não tem limites. A Branda da Aveleira foi usada durante séculos como residência temporária, mas este pequeno aglomerado de casas esteve quase a desaparecer no século passado. No entanto, a localidade não só resistiu, como renasceu das cinzas e espera agora pela sua visita.
Para melhor compreendermos a história da Branda da Aveleira, em Melgaço, precisamos primeiro de perceber o que é uma branda. As brandas eram sítios localizados em altitudes elevadas, que se encontravam espalhados um pouco por todo o Parque Nacional, e era para aqui que os pastores traziam o gado nos meses mais quentes da primavera e verão.
5. Soajo
É uma das surpresas mais agradáveis do Gerês. Esta aldeia típica tem sido recuperada a um bom ritmo nos últimos anos. São cada vez mais as pessoas que recuperam as casas que possuem nesta aldeia e as transformam em segunda habitação ou turismo rural.
A aldeia do Soajo é conhecida também pelos seus espigueiros, tal como o Lindoso. Mas não se fique apenas por aí: aventure-se pelo seu interior e descubra uma aldeia de ruas e ruelas estreitas e sinuosas, ladeadas por casas antigas de granito. O passeio é sublime.
6. Val de Poldros
Val de Poldros é um daqueles segredos que foram descobertos nos últimos anos. A aldeia não está propriamente desabitada… tem apenas 1 habitante! E para falar a verdade… nem sequer é bem uma aldeia… é uma “branda”. Mas o que significa tudo isto? Uma branda é o local onde os pastores guardavam o gado durante o Verão. Era aqui que encontravam pastagens melhores durante esta época. A aldeia está repleta, portanto, de abrigos para o gado.
Com o evoluir dos tempos e da agricultura, a grande maioria das brandas foi abandonada, tal como Val de Poldros. Resiste apenas 1 habitante e os muitos turistas que aqui acorrem para conhecer a região. E acredite: o passeio vale bem a pena.