Quinta-feira, 28 Setembro, 2023

Tarte de Lamego: uma receita conventual que derrete na boca

Data:

Partilhar:

A deliciosa tarte de Lamego é mais um dos muitos tesouros da doçaria conventual portuguesa que ainda permanecem relativamente secretos. Ao contrário de outros doces conventuais cuja fama se espalhou por todo o território nacional, este permanece restrito à região que o viu nascer. E talvez isso tenha as suas vantagens.

A presença de amêndoas e ovos na sua receita original denunciam a sua história: teria tido origem em algum dos conventos da região e levada para o exterior por alguém que trabalharia com as freiras que o habitavam. Diz-se que, no início, era feita sem qualquer base. Mas rapidamente se percebeu que ficava ainda mais deliciosa a base de massa folhada. E assim permanece a receita até aos dias de hoje.

Diz quem já a provou que a sua cremosidade é o seu principal trunfo na hora de conquistar o paladar. E ao contrário do que se possa pensar, é mais mais simples de preparar do que aparenta. Aprenda a fazer a famosa Tarte de Lamego, um doce conventual que derrete na boca.

Ingredientes:

  • 1 rolo de massa folhada
  • 200 gramas de amêndoa ralada (amêndoa moída, ou farinha de amêndoa)
  • 200 gramas de açúcar
  • 3 ovos
  • 6 gemas
  • 2 dl de água
  • qb de açúcar em pó para polvilhar

Preparação:

  • Comece por pré-aquecer o forno a 180ºC.
  • Desembrulhe a massa folhada e utilize-a para forrar o fundo da tarteira.
  • Pique o fundo com um garfo. Reserve.
  • Leve a água ao lume e adicione-lhe o açúcar.
  • Deixe ferver durante 3 ou 4 minutos.
  • Retire e coloque a arrefecer durante alguns minutos.
  • Enquanto arrefece, passe os ovos e as gemas por um coador e bata.
  • Adicione o miolo de amêndoa e envolva bem.
  • Junte esta mistura à calda de açúcar, que entretanto deverá estar morna.
  • Envolva bem todos os ingredientes.
  • Verta o preparado na tarteira.
  • Leve ao forno durante 30 minutos ou até ficar douradinha.
  • Retire do forno e polvilhe com açúcar em pó.
  • Sirva.

Dicas:

  • A receita original e conventual da Tarte de Lamego é feita com massa folhada caseira. Se estiver com paciência, recomendamos que a faça dessa forma. Pode também fazê-la sem qualquer base (acredita-se, aliás, que essa teria sido a primeira versão da receita).
  • Se escolher fazê-la com massa folhada de compra, certifique-se que não a troca por massa areada ou quebrada. O resultado não é o mesmo.
  • Se preferir, pode utilizar açúcar amarelo ou mascavado. Pode também alterar a sua quantidade um pouco, tornando a tarte mais doce ou menos doce, consoante o seu gosto pessoal.
  • É importante passar os ovos e as gemas pelo coador antes de as bater. Este processo irá eliminar a película que envolve as gemas e que pode alterar o sabor e a textura da receita.
  • As amêndoas devem ser moídas de forma uniforme. Não utilize amêndoas laminadas para o recheio, embora possa utilizá-las como decoração.
  • O tamanho das partículas de amêndoa irá influenciar a cremosidade final. Elas não devem ser nem muito finas nem muito grosseiras. O ideal é terem o tamanho de grãos de areia.
Clara Matias
Clara Matias
Aprendeu a cozinhar com a mãe mas foram as receitas da sua avó que mais a cativaram. A cozinha tradicional portuguesa é a sua grande paixão.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, escreva o seu comentário!
Por favor, escreva o seu nome aqui

Artigos relacionados

Cordeiro assado no forno à Transmontana: receita tradicional, antiga e repleta de sabor

Esta é uma daquelas receitas que nos transportam no tempo, até à época que toda a família se...

Febras de porco à Alentejana: receita tradicional e com molho de coentros

A culinária alentejana é conhecida pela facilidade com que cria pratos deliciosos a partir de ingredientes simples e...

Rancho à Alentejana: receita antiga, tradicional e muito fácil de fazer

A gastronomia típica do Alentejo é famosa por usar ingredientes simples e de qualidade, combinados com sabedoria e...

Lombo de porco assado no forno à portuguesa: suculento e muito fácil de fazer

Poucas são as receitas que nos conseguem transportar para os nossos tempos de infância e para o tempo...